sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Anéis de Urano

Quando duas equipas de cientistas observavam Urano a passar à frente da estrela SAO 158687, em 1977, estavam na expectativa de ter a rara oportunidade de observar um planeta distante. Mas em vez disso, fizeram uma descoberta ainda maior: Urano, tal como Saturno, é circundado por um conjunto de anéis.




Os observadores no Kuiper Airborne Observatory e no Perth Observatory na Austrália notaram que a estrela aparecia diversas vezes como um breve clarão . O clarão era causado pelos anéis, que bloqueavam a verdadeira luz da estrela. A equipa australiana estava tão surpreendida, que falharam na contagem três anéis assim que tentaram perceber porque é que a luz da estrela continuava a desaparecer.

A equipa Kuiper tinha uma maior vantagem e foi a primeira a publicar a surpreendente notícia de que Urano era circundado por cinco estreitos anéis, os quais denominaram Alpha, Beta, Gamma, Delta e Épsilon, em ordem crescente da distância ao planeta. A equipa Perth identificou seis distintos declives (que eram os anéis) na luz da estrela, aos quais deram números em vez de nomes, de 1 a 6. Mais anéis foram descobertos em 1986.


Observar planetas distantes é difícil, especialmente com as complicações devidas à luz do dia, que chega, neste caso, antes do planeta completar a sua volta à frente da estrela. Mas depois da cuidadosa análise e de uma vista mais próxima (graças à sonda Voyager 2) em 1986, os cientistas já identificaram 13 anéis a circundar Urano. Por ordem crescente da distância ao planeta, os nomes dos anéis são 1986U2R, 6, 5, 4, Alpha, Beta, Eta, Gamma, Delta, Lambda, Épsilon, Lambda, Nu e Mu. Alguns dos maiores anéis têm pequenas camadas de poeira à sua volta.

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